Há quase duas décadas caminho por
estes prados, vi nascer crianças que hoje se fazem homens, conheci Homens, que
já partiram.
Vi o nascer de ordens a procriar
desordem, a face negra que não sorriu.
Conheci mansões e sua imponências.
Vi tombar paredes descascadas de
casebres desumanos.
O Burguês e o miserável.
Na linha tênue que separa o mundo de
humanos, nos força a duvidar do impossível.
Os bacharéis enclausurados com a
força de suas penas e tinteiros, exclui o miserável por medo de sua força.
Trancafiai-vos, ó sultões, em seus
castelos gradeados.
Outorgais vossa voz a generais de
outrem.
Mas sereis sabedouro de que este
filho emprestado, por vosso solo lutará.
Não sua luta burguesa ou dos falsos
profetas divinos.
Há de raiar o céu da liberdade.
Há de nascer sorriso da dignidade,
conquistada na face que outrora foi surrada pelos sórdidos coronéis.
Que as miseráveis da infância
violada, que cada merenda roubada, que cada vida ceifada em um remédio não
dado, por cada criança que ao inverso de ser educada, foi posta de lado, por
cada coração que parou, por cada pai que chorou.
Faço aqui meu compromisso, que dessa
luta não fujo.
Há no verde a esperança que a
vitória virá.
Lutarei com honra, até o fim, pois
como disse Jesus Cristo: “de nada adianta ao homem ganhar o
mundo se ele perder a sua alma”.
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