sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pátria minha. O filho teu, não foge à luta.



Há quase duas décadas caminho por estes prados, vi nascer crianças que hoje se fazem homens, conheci Homens, que já partiram.
Vi o nascer de ordens a procriar desordem, a face negra que não sorriu.
Conheci mansões e sua imponências.
Vi tombar paredes descascadas de casebres desumanos.
O Burguês e o miserável.
Na linha tênue que separa o mundo de humanos, nos força a duvidar do impossível.
Os bacharéis enclausurados com a força de suas penas e tinteiros, exclui o miserável por medo de sua força.
Trancafiai-vos, ó sultões, em seus castelos gradeados.
Outorgais vossa voz a generais de outrem.
Mas sereis sabedouro de que este filho emprestado, por vosso solo lutará.
Não sua luta burguesa ou dos falsos profetas divinos.

Há de raiar o céu da liberdade.
Há de nascer sorriso da dignidade, conquistada na face que outrora foi surrada pelos sórdidos coronéis.

Que as miseráveis da infância violada, que cada merenda roubada, que cada vida ceifada em um remédio não dado, por cada criança que ao inverso de ser educada, foi posta de lado, por cada coração que parou, por cada pai que chorou.

Faço aqui meu compromisso, que dessa luta não fujo.
Há no verde a esperança que a vitória virá.

Lutarei com honra, até o fim, pois como disse Jesus Cristo: de nada adianta ao homem ganhar o mundo se ele perder a sua alma.

Nenhum comentário: