quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Amor, se arruma !!!






Amor, se arruma.
Hoje temos uma nova empreitada
A Prefeita,  Dna. Rosinha, já está toda perfumada.
Hoje é  inauguração do novo Campos -Macaé.

Tem gente que não gostou.
Tem gente que reclamou.
Tem gente que achou caro os R$18 milhões que se gastou.
Nada entende essa gente que a modernidade aqui chegou.

O que antes era plano, cheio de arco ficou.
Em cidade que o povo não sabe ser  feliz,
Não se admira arquitetura em arcos como em Paris.

Imagina, minha gente, a revolução que aqui passou.
No canal que doravante desfilou o Imperador
Hoje surge feito Fênix salvo pela mulher do ex – governador.

Isso é histórico meu povo, bradem forte em por  favor
Transformamos coisa nenhuma em passarela pra cocô.

Imaginem dona Bosta  desfilando toda garbosa nesse novo monumento.
Passeando entre arcos com sua prole de  bostinhas  dando adeus aos transeuntes
Que a admiravam no relento
Dona Bosta é só sorriso onde antes era lamento.

Vejam como é nobre a arte
Em ferramenta virtual
“A Beira Valão está linda... E tem gente falando mal
Tá cheirando a desespero”
Disse  o nobre Wlad Gurizinho sobre a obra que a mamãe dele executou
Por R$22 mil o metro linear.
Respondam gente ingrata:
É ou não é de se admirar.
Construir canal com arcos só pra ver bostas passar?

Ô gente ingrata!  Apoiem em quem você votou
Não venham agora reclamar da passarela de Cocô.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Panacea Campista .




O rito do Peru Bêbado em véspera do Natal, expressão usada pelo Dep.Fed Anthony Garotinho, “Oposição em Campos está parecendo peru bêbado” blog do Garotinho, referindo-se ao bate-cabeça dos políticos oposicionistas de nossa região.
Não é novidade o pensamento de políticos no que se referem à oposição nesse país.

— Fernando Henrique Cardoso também atacou ao Lula usando uma expressão sobre o que chamou de tentativas do governo federal para abafar escândalos. Fernando Henrique disse que 'ninguém abafa mais nada no País porque hoje o povo sabe e sente'. Em um pronunciamento de ataque ao governo federal, o ex-presidente disse que o País está sem rumo, tal qual 'peru bêbado em dia de carnaval'.
De certo o Dr. FHC, intelectual de carteirinha cometeu um pequeno erro de data, mas irrelevante o descuido.
— Nossas pesquisas sobre o assunto ” Peru Bêbado” nos levou a um passeio pelo nordeste brasileiro no início do século XX onde pela etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.
Todos trazendo em sua bagagens culturais a comemoração do “Thanksgiving”.
— Por se tratar de um feriado litúrgico, a ceia de Thanksgiving tem muita semelhança com a de Natal. Essa é uma das explicações para o fato do peru recheado ser o prato principal em ambas as datas. E por se tratar de um ritual de agradecimento pela fartura do ano, o milho, as abóboras, e as folhas de centeio, por exemplo, são tradições trazidas da Europa pelos colonizadores britânicos, que comemoravam a época de colheita com uma farta janta.
— A Cachaça foi incorporada como ato de despedida do nobre amigo que seria ofertado. Um gole pro Peru, um gole pro Santo e um gole pro dono da ave.
— Há relatos que em muitas carraspanas acabaram por gerar o indulto da ave, tamanho o porre dos três referidos participantes.

Tentativa de se explicar a história a parte, fato é que o orgulho frente à causa social e política nesse nosso país, principalmente em “Campos, minha cidade, meu amor” levará nossa cidade ao caos.
Nossos políticos de oposição ou de situação não estão nem de perto atentos ao precipício social que estão a conduzir essa população cega e alienada.
A massa evolutiva, a marcha progressista, a globalização e todas essas nomenclaturas futurística servem tão somente para entorpecer-nos tal qual cachaça goela abaixo do peru natalino.
Vibramos com novos shoppings e suas vitrines reluzentes, desfilamos carros e mais carros.
Importados, nacionais de todas as cores e valores, carros que nascem da ilusão capitalista que nos oferece como parteira, financiamentos a perder de vista.
Enquanto o cidadão da comunidade reza pela cesta básica de uma instituição de caridade qualquer, para alimentar seus rebentos, nossos políticos se refastelam com seus perus e whisky´s.
Somos responsáveis por cada cidadão carente nesse país, por cada miserável que existe, por cada esfomeado, aculturado, mal educado social.
Nossa evolução moral nos remete ao limbo.
Católicos, evangélicos, espíritas, ateus, hindus, budistas, todos nos debruçamos em nossas indulgências, à parte do miserável.
Contentem-se com suas riquezas mundanas, pois Caronte, já está com sua gôndola preparada para atravessar o Rio Estige.
Espero que cada político dessa cidade, oposição ou não, coloque seu óbolo por debaixo da língua, para não correrem o risco de vagarem por 100 anos.
Viva a democracia!
Democracia e a ignorância dos aculturados e apolíticos desse nosso país.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sonho de Liberdade.



Anos atrás, um grande americano, Abraham Lincoln, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas de cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo brasileiro seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquele Brasil não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, o Brasil deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar ao Brasil dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranquilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 2012 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Campista agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre

. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade campista que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas pois vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o campista for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade politica. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um pobre não puder votar em Campos e um campista em Seis Maria acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mussurépe, voltem para o Sabonete, voltem para a Morro do Côco, voltem para a Serrinha, voltem para Espirito Santinho, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho Campista.

Eu tenho um sonho que um dia esta Município se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia a Baixada Campista os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, O Município de Campos dos Goytacazes que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que nossas pequenas crianças vão um dia viver em uma cidade onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, Campos, com seus racistas malignos, com seu governo que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia em Campos meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Campos, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

Campos é uma grande cidade, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha no Morro do Itaóca

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos cantos de cada lugarejo ou distrito.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
“Agradeço ao Deus todo-poderoso, Campos é uma cidade Livre.”

Adaptação do discurso MLKJ “ I Have A Dream”