domingo, 31 de março de 2013

1º Abril e a Dita dura



Primeiro de abril e mais um ano que me lembro da dita dura.
2013 é um ano que promete muito. A Páscoa, festa dos ovinhos entrou colado na Ditadura e Feliciano ainda acha que gay é coisa do diabo. Ficou mais fácil colocar a culpa em Noé.
Ah, perdão negrinho, mas pela sua cor em minha arca você não entra”...
E há relatos de quem cagou tanto na entrada quanto na saída foi o elefante.
Eis o escolhido! Abriu-se uma porta no céu antes do início da grande festa.
Imagino São Pedro na catraca principal.
_Hummm!  Negro? Não, você foi amaldiçoado por Noé, por favor entre pela porta dos fundos e dirija-se ao setor 3.
- Moço, Moço, perdão! Deus não usa vestido branco, é túnica! Moço, olha só, aqui no céu não tem como te dar o telefone do cabeleireiro de Jesus e aquele cabelo é natural, ele não fez nem luzes nem balaiagem.
- Moço, por favor,  o senhor está obstruindo a passagem. Aqui não entra gay.
Cara, que céu mais chato!
Imagine um céu com gays.
A portaria toda decorada, duas dragqueens na portaria fazendo a recepção.
- Menina, olha aquele negão... que luxo e volume... !!!
- Valesca, olha o respeito estamos no céu.
- Vem cá meu menino, entre ali naquela porta, salão 12, 3º andar , quarto 28, tome um banho, vista a roupa que esta no cabide e espere novas ordens...

- Menina você tá louca! Você deu o número do seu quarto?
- Lógico santinha! Morri, mas não esqueci.

Enquanto isso aqui na terra, os Macedos, Felicianos, Waldomiros, pregavam os lotes da imobiliária divina.

Por falar em divino, eu resolvi questionar a qualidade das informações prestadas pela internet na propagação da educação de qualidade.
Campos dos Goytacazes paga mais de R$2 milhões para que 200 escolas tenham internet banda larga e o município ficou em último lugar no IDEB.

Nunca na história desse município se pagou tanto para tão poucos acessassem tudo e não aprendessem nada.
A julgar pela ótica do Dep. Feliciano, se o professor for preto e gay tá explicado, nem receita de miojo salva nossos jovens do purgatório da ignorância.

De tanto falar em divindade e céu, o Anthony, Deus campista da renovação vinteinista, está de passagem comprada( e cara) para outros paraísos.
Discute-se nas entre linhas que Anthony sairá das linhas do PR e será conduzido ao antigo berço PDT.
LupaLupy deverá assumir a presidência nacional, ficando o Estado do Rio nas mãos do Arnaldo tendo o pequeno como vice.
De pequeno só o apelido no nome. Anthony já pensa em Rosinha como governo do estado, Arnaldo deputado Estadual. O próprio viria a senado.
Conjecturas e diabruras, Arnaldo seria o principal nome na sucessão da casa principal campista, visto que os nomes propostos não pegaram visgo tendo Jáspion Irano como vice na chapa quente.

Enquanto o bom velhinho do Natal não chega, viveremos as mães, os pais e namorados em busca de um pouco mais do amor.

Royalties acabando, desculpas irão se esvair para tentar explicar o inexplicável.
Nem General Emílio nem Gal. Médici se libertaram da dita cuja.
Como diria um tal poeta “é no gogó, é ferro na boneca é no gogó neném...”.
Os anos de Ferro serão pinto diante dessa Sodoma e Gomorra Campistana.
E você se lembra da DITA DURA?
Pois é. Está escrita nos anais de quem achou que teoria da conspiração, fosse primeiro de Abril.

Quem mandou jogar pedra na Gení?




segunda-feira, 11 de março de 2013

A referência da referência referendada

Agitai vossas bandeiras em defesa do ouro negro da terra, pois já é sentido na pele da “Saúde” a perda de sua receita.
Campos dos Goytacazes, município referência em ser referência quando o assunto é dengue, já sente o peso da perda de receita petrolesca antes mesmo do martelo ser batido no Congresso Nacional.
Pandemia, epidemia ou qualquer nome pomposo que possamos criar não alivia as dores ou manchas avermelhadas que a picada do mosquito possa causar.
Fato é que o antes comemorado Centro de Referência da Dengue está hoje moribundo igual a qualquer vítima do inseto picudeiro.
Ao TENTAR cumprir meu dever de cidadão, já que fomos vítimas involuntárias das mordiscadas mosquitais, estive hoje cedo no que é denominado CENTRO DE REFERÊNCIA DA DENGUE.
Você já teve dengue? Não?
Meu amigo, seu corpo fica mole, seus olhos são um misto de ardência e queimação, sensação de enjoo, febre, diarréia.
Pois é. Diarréia. Parece que o esgoto do mundo está sendo expelido por você, tem horas em que você pede pra rezarem pela sua alma pois nem você acredita mais na salvação do seu corpo.
Uma verdadeira miséria.
Então, Centro de Referência da Dengue!
Nunca na minha vida tinha visto uma descrição sintomática de uma doença em um órgão público com tanta verossimilhança.
Se você nunca teve DENGUE e quer ver como é o sintoma, vá ao Centro de Referência da Dengue em Campos dos Goytacazes.
O prédio está acabado, combalido, moribundo.
O roteiro da desgraça humana.
O paciente já ferrado( literalmente) adentra os espaço de Referência e espera que uma entidade espiritual incorpore e dê alguma Referência de como proceder.
Filas surgem do nada e sem motivo nenhum.
Encostei em uma pilastra e, em menos de três minutos, tinham mais de 20 pessoas enfileiradas logo atrás.
Aí você acha um setor de cadastro: três carteiras escolares, posicionadas abaixo de uma tenda ao lado e fora do prédio principal.
As carteiras escolares não estavam uma ao lado da outra, estavam uma de frente pra outra, como no tempo de escola, juntávamos as três carteiras para jogarmos porrinha. Nada que fosse indicativo de que AQUI É SEU PRIMEIRO PASSO.
Logo ao lado umas cinquenta, sessenta pessoas sentadas aguardavam ou a morte ou serem abduzidas por Ets salvadores.
Minha intuição me levou a uma atendente sentada em uma das carteiras escolares: “Querida, bom dia! Como faço para relatar um caso de dengue?
Somos três casos lá em casa e como sei que vocês fazem o monitoramento dos pacientes e locais para cruzamento de dados e daí traçar as estratégias de combate, gostaria de fazer o cadastro, já fomos medicados e viemos somente efetuar o registro.”
“Fala com aquela loirinha lá na porta, ela pode dizer pro senhor”, foi a resposta.
Agradeci e fui encontrar com a loirinha.
Relatei a mesma conversa acima.
Pasmem. Não existe registro.
Caso eu tenha interesse em virar número de estatística devo voltar as carteiras sob a lona, sofrer com o calor, preencher um cadastro via atendente a caneta, aguardar sentado a voz do além me chamar, ir visitar UM médico para solicitar fazer um exame (que vai indicar se sou reagente) que demora 15 dias para ter o resultado.
Ah! se os royalties não tivessem acabado...
Garanto que os 300 médicos que apareceram na foto no dia da inauguração, os computadores, enfermeiros, macas e leitos ainda estariam em seus lugares.
Ah! , na próxima vez lembre que a picada do mosquito pode te derrubar por 15 dias.
Seu voto em uma urna pode derrubar um país inteiro e destruir uma geração...