Na deselegância dos espaços caminho a passos largos
Meu caminhar frenético aguça o sentido de vingança e medo
Ao expor meu medo vejo escorregar de sua boca um sorriso irônico
O mesmo da noite passada quando por instantes o brilho que surgia da aurora
Me recordou Maria.
Criança ao braço, manjedoura ao largo entre vacas e jumentas surge velhos que com mirra e incenso galanteiam o rebento como se rei o fosse.
Berra criança, berra. Pois a fome que te agride pode ser saciada no peito de sua mãe.
Mas e a minha? e minha fome? fome de comida, fome de bebida, fome de fome , fome de dignidade, fome de vida.
Quem vai saciar?
Você? Hum! Se nem de longe em seu rebolado no chacoalhar de seu rabo a ziguezaguear nas vielas nas quadras das portelas, subindo ou descendo as ladeiras do Turano você me conquistou.
Como pensa me fazer viver? Por amor?
Guarde seu sorriso cínico seus dentes amarelos pois os elos que me prendem são outros
Tem cabelo sarará, rebola feito ninguém tem fogo no vai e vem tem santo que grita amém e diabo que arde em fogo.
Chispa fogueteira
Sou filho da puta mas a puta que me pariu veste: Verde, amarelo, azul e branco e se chama Brasil.
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