quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Galho de arruda, atrai PF em DF


Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal,


A campanha insidiosa contra mim chega a um ponto culminante com a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que considero imprópria, absurda, mas que devo acatar.

Ainda ontem, meus advogados legalmente constituídos estiveram no STJ para manifestar o meu desejo de prestar depoimento para pôr fim a esta série de armadilhas, armações, flagrantes pré-fabricados, denúncias politicamente bem elaboradas para não apenas impedir a minha participação nas eleições de 2010, mas agora também com o objetivo de me destruir política e pessoalmente.

Diante da gravidade dos fatos, peço licença do cargo de Governador do Distrito Federal pelo tempo que perdurar esta medida coercitiva, para não transferir a Brasília e à sua população a agressão que fazem contra mim e ao cargo que legitimamente exerço, eleito que fui pelo voto popular.

Estou consciente de que desarmei uma quadrilha que se locupletava de dinheiro público há muitos anos, e que agora volta-se contra mim de maneira torpe para confundir a opinião pública, confundir as autoridades e tramar a minha saída do Executivo, como se isso tivesse o poder de esconder as falcatruas que durante tantos anos praticaram impunemente.


Excelentíssimo Senhor

DEPUTADO DISTRITAL WILSON LIMA

Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal


Este caminho não tem mais volta. Vou enfrentar todas essas vicissitudes com serenidade, equilíbrio e a firme determinação de fazer com que a verdade prevaleça, e de que bandidos, travestidos de mocinhos, sejam desmascarados.


Agradeço aos amigos de verdade todas as manifestações de solidariedade e reafirmo que agora, mais do que nunca, sou eu que desejo a conclusão deste inquérito, o julgamento definitivo de todas as denúncias para que, pelo menos, o meu sofrimento pessoal e todas as dificuldades que tenho vivido sirvam para livrar Brasília dos atos perniciosos que a acompanham há tanto tempo.


Informo, ainda, que, nos termos do artigo 92, da Lei Orgânica do Distrito Federal, o Vice-Governador, PAULO OCTÁVIO ALVES PEREIRA, exercerá a Chefia do Poder Executivo do Distrito Federal durante minha ausência.


Na oportunidade, aproveito para reiterar a Vossa Excelência e aos seus pares protestos de elevada consideração e distinto apreço.

Atenciosamente,


JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Governador do Distrito Federal

Em suma:
Por que o STF não olha o Rio?

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