domingo, 14 de setembro de 2014

Casa do Caralho

Gávea ou Casa do Caralho

Vivemos hoje um processo de escolha de governantes.
Nesse celeiro de criatividade propagandista, escolher um certo da cabeça é no mínimo contrariar a pseudo frase dita por Charles de Gaulle de que “o Brasil não é um país sério”.

Errou e errou feio esse francês, que mesmo europeu, não conhecia quase nada de nossa cultura diversificada, pura e quase casta, herdada da pátria mor lusitana.

Nascemos de um erro proposital quando em uma corrida empreendedora não fomos descobertos e sim apossados em prol da expansão territorialista europeia.

Nesse navegar de dias, os beberrões, jogadores inveterados e as putas( as ralés) foram convidados pela corte do Don João a seguirem nesse cruzeiro para se aventurarem além mar em troca de anistia de suas falhas sociais.

Herdamos a alegria e aliado as “ vergonhas descobertas” de nossas índias, até que nem foi muito difícil achar o caminho até elas, nasce Vera Cruz que passa a ser Santa e depois pela fartura de um pau vermelho, Brasil.

A cultura linguística trazida pelos lusos meio que nos direciona a entender o sofrimento e a dúvida vivida na escolha de quem vai comandar essa nau.

Na Academia das Ciências de Lisboa, a palavra caralho designava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das Caravelas, também conhecida como Gávea. Era dali que os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra. Dada a sua situação, o caralho era um lugar muito instável pois era onde se manifestava com maior intensidade a oscilação e o rolamento lateral da embarcação.

Doravante, ninguém queria ir para o caralho. Se antes já era difícil imagina hoje com a potencialização dos meios de comunicação.

Hoje a situação politica brasileira esta no caralho. O antes mar de calmaria que trouxe nossos fundadores a este solo de belezas mil, Hoje se faz turvo diante do derrame de moedas distribuídas pelo negro petróleo.

Somos reféns dos comandantes desse navio e como punição pela nossa insolência por não pensar, voltamos ao início de nossa história.
Somos relegado ao cesto no alto do mastro dessa nau desgovernada
Ali é a casa de todo povo sofrido, faminto sem saúde e sem educação.

Ali mora cada brasileiro que ficou de fora do estádio, que pega ônibus lotado ou tem a bunda acochada em um metrô entupido.
Meu endereço?

È fácil, moro ali como todo simples cidadão
Moro na Casa Do Caralho


terça-feira, 11 de março de 2014

Brasil, Brazil. The Copa is Nossa.

Pois é, Copa do Mundo de futebol é no Brasil.
Nossos Meninos da bola nem de longe vão ver nossas Meninasdando bola.
É... dando bola pra gringo, gemendo e se contorcendo entre as quatros linhas de uma cama em hotel barato por alguns dólares.
Mas acredito que essa miscigenação tem futuro.
Pode ser que os bastardos que sobreviverem ao genocídio dos momentos de frenesi, possam em sua genética primeiromundista serem mais qualificados e saberem interpretar melhor os valores morais de uma sociedade moderna.
Concordo com Ronaldo, o Fenômeno, que saiu do subúrbio e hoje pode operar a fimose em Londres com algum Doctor Machawlling em um hospital bem Hospital.
Para que precisamos de hospitais no Brasil, se o Brazil que vendemos abandona seus alienados cidadãos em troca de bundas bem arrebitadas e bronzeadas para a gringalhada se deliciar?
Yes we Fuck!
E como se fuck nesse país.
Pelé é o Pelé! Pedindo para reclamarmos depois da copa, nem piada direito o REIaprendeu a fazer. Será que Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto (filha que Pelé não reconheceu a paternidade, e morreu de câncer em 2006) deveria esperar mais?
Três Corações (MG) tem orgulho de seu Tricordiano cidadão que elegeu Nova York, Paris e Zurique para estabelecer relações.
Bem legal ser brasileiro.
Não tenho carro, não tenho teto...
Vamos aumentar o preço da cerveja se a voz for enrolada. Só assim vingaremos nossas Elisabeths , rainha do Buckingham Palace lá do Borel.
Nossas Margareths de Mãos de Ferro, bronhistas de plantão, na satisfação da gringalhada.
Estaremos vingados.
Entregaremos nossas meninas aos deleites das delegações, mas ganharemos alguns trocados a mais no aumento da média com pão no tujiquinha.
O meu rá rá rá rá, no Lepo lepo...
YES! We FUCK!
Nascemos acostumados a pagar caro pelo lixo. Sorrimos quando o melhor se vai ao longe, bem longe, muito longe.
Mas o que pensar da geração do IPOD, se a turma do porrete e porrada dos anos 60, surrupiaram os sonhos de toda uma dezena de gerações?
De que valeu sequestrar o embaixador americano, assaltar banco, portar armas se pegaram toda a ideologia e nos enfiaram pelo rabo a dentro?
Viva a Copa do Mundo no Brasil!
Viva Eduardo, Sérgio, a Dilma, Viva o Inácio, Viva o José Dirceu! Viva o que de mais Genuíno se aprendeu nesse país: Levar vantagens!
Viva a alienação dos famintos que têm seu sustento nos bolsas família ou cheques cidadão.
Viva o Brasil, onde o poder é ter o direito de foder! Uns com caviar e champanhe outros com 51 e torresminho.
Viva a geração do Google por suas pesquisas prontas e formatadas! Viva os convívios sociais digitais das comunidades virtuais!
Viva a geração dos corações S2!
Viva os Faces de tela em detrimento do face to face!
Yes, We Fuck! Mas não de agora, we Fuck já de muito tempo.
So, Cuming and play.
Brasil sil sil sil sil! Or ZIL
Aí Pode!
Brazil, Love or They she you!



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Silêncio do meu grito.

“… Brasil!
Mostra tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...”.
Aproveitei o acinzentado do dia, o frio que surgia.
Cansado de ficar parado, olhando e calado, o recheio ser posto mesmo a contragosto em cima da minha cara.
R$400.000,00 mil em sanduiches.
Namorado que mata família.
Polícia que ajuda a bandido roubar caixa eletrônico
Secretária de governo, que marca a raspadinha “de leve” da prefeita.

Nem minha cidade com muito  “Meu amor! “
Nem o país com um supremo de justiça que redecide o que já foi decidido.

Ôh, Gigante!
Que porra de sono é esse? Só acordas por interesse?
Ou é o sono da depressão? O sono, chamado de fuga em psicologês barato.

Meu país tá uma merda!
Utiliza o lema do ‘farinha pouca meu pirão primeiro’.
E esse é o retrato da toga dos venerados.

Justiça?

Só para os vulneráveis pobres.
O Direito de ser condenado e trancafiado sem ao menos ser julgado, pela galinha que roubou.

É, Gigante!
Seu tempo tá acabando.
Faço aqui meu protesto.
Levantei meu dedo médio, é o “pai de todos”.
Com os outros dedos curvados, estendi meu braço, bem alto, o máximo que consegui.
E gritei baixinho pra não acordar o vizinho.
“oh!”. Não tomo mais coca cola hoje, não vou a nenhum jogo da copa do mundo e não vou mais ver a novela das oito.
Pronto, protestei.
Mas, só hoje, junto ao meu travesseiro de penas de gansos canadenses.
Agora tá na hora de ir para Brasília!
Mas vou de coração aliviado. Minha parte eu fiz e faço. Desde garotinho.



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cadeira Vaga.

Campos dos Goytacazes será nesse fim de semana sede do Encontro Regional do Partido Verde.
A presidência do partido está vaga.
Dr Andral Tavares, em e-mail enviado à direção estadual, solicitou seu desligamento do cargo de presidente. Andral continua no PV mas como membro ativista.
Nomes novos estão surgindo e podem ser apresentados no próximo encontro.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um Trigo no divã. A psicanalise e o pão de sal



Nasci semente de trigo assim como todos na minha família.
Nem todos lá em casa seguiram o mesmo caminho que eu. Uns foram levados para um laboratório para um tal de melhoramento da espécie. Sei é que ficaram brochas, só que na linguagem de nossa espécie se chama híbrido.
Híbrido e brocha é a mesma coisa, não tem como se reproduzir, então é brocha.
Eu fui levado por outros caminhos.
Dizem que um trigo tem várias personalidades. Não concordo. Na realidade, o tempo todo somos divididos, apertados, moídos, amassados, revirados.
Agora essa! Depois de esquartejado feito Jack, o estripador, me mandam para um psicólogo. TEM LÁ A PORRA DE UM CABIMENTO?
Mas tudo bem, sem problemas, doutor.
Ser trigo é uma merda. Imagina o senhor: logo que comecei minha carreira, crescia forte e vistoso, tinha a brisa que me levava e me trazia, podia sentir a chuva, o sol.
Bem verdade que vez em quando tinha um filho da puta que despejava uma merda sobre nossa cabeça, que fedia mais que merda ensacada. Diziam que era pra evitar que os bichos nos comessem. Tá. Antes ser comido por bicho.
Doutor, o senhor não faz ideia do que é ser trigo.
Eu e muitos outros grãozinhos fomos jogados em um tal de moinho, puta que pariu!
Doutor, pode xingar em consulta?
Sou meio desbocado mesmo, mas acho que a vida me deu esse direito.
Nesse moinho, tiraram minhas cascas, virei pó.
Doutor, tava tanto pó que se o Maradona chegasse perto, me cheirava todo. Ha! Ha! Ha! Ha!.
Sabe de uma coisa, Doutor, o senhor é um cara estranho, não ri, não fala porra nenhuma, só fica me olhando com essa cara de tarado com insônia...
Mas tudo bem, vou continuar minha saga.
Bom, depois de virar pó, colocaram uma turma (todos em pó) junto em um saco e fomos levados pra um lugar que não faço a menor ideia.
Naquela escuridão, não sei precisar de quanto tempo, ficamos descansando de tanto sofrimento.
Certo dia, achei que meu destino iria mudar, saí desse lugar escuro e fui pra um muito mais claro, arejado. Pensei: Ufa! Até que enfim.
Doutor, olha, puta que los parius! Nem imaginava o drama.
De repente, abriram o saco onde nos encontrávamos, uma sensação de liberdade me invadiu o peito, estava livre. KKKKKKKKKKKKKKKKKK (ri alto)
LIVRE, livre é o caralho!
Caí em um treco que não faço a menor ideia do que seja, redondo com umas pás de ferro dentro, logo depois, se juntaram a nós um povinho estranho, tal de fermento, mas nem dei a mínima, éramos em maioria.
Cara, de repente meu mundo começo a girar, hora tava de cabeça pra cima, hora de cabeça pra baixo
O senhor já se sentiu assim?
Cara, é muito doido, nem no hopy hary tive tamanha emoção, aí, quando achei que tudo iria ficar assim, veio um filho da puta e jogou água dentro daquela porra. Imagina, virou uma lama só, aí que o trem ficou feio.
Mas ai eu gritei: Segura gente! Vamos nos unir! Não deu outra, quanto mais eles nos virava mais duro nosso time ficava. Aí eu pensei: Vamo fudê essa porra toda.
Olha, deu certo. Desligaram aquela bosta, eu quase me rasgando, mas firme no propósito.
Bicho, quando achei que tinha acabado, lá vem um tal de cilindro e vlapt vlapt vlapt, o trem amassa tudo e vlapt vlapt vlapt.
Disse: Isso não acaba mais não? Desse jeito vou acabar passando mal.
Ufa! Veio um filho de santo e desligou aquela merda.
Fomos enrolados e jogados em uma mesa fria, feito essas de necrotério, de inox. Pois é .  O senhor deve conhecer bem, parece um morto não fala porra nenhuma.
Aí, quando tudo tinha acabado, começou a tortura novamente. Fomos divididos por uma faca enferrujada, sete pedaços iguais.
Porra, não vão parar de nos apertar e nos cortar, povo mais indeciso...
Pois é, depois de cortado, lá vem a porra do cilindro outra vez me amassar.
Aí, parece piada... Imagina que nos colocaram dentro de uma coisa que parecia uma piscina, fecharam a tampa e VAPT. Lá fui eu virar trinta pedaços. CARALHOS!
Já não aguentava mais se apertado, juntado e cortado.
Ou corta ou junta, caralho!
O Senhor acha que acabou? Porra nenhuma. Lá vem uma outra coisinha (essa fazia cosquinha) cada pedacinho dos trinta cortados era colocado nessa porrinha felpuda e vlululupt, ficávamos todos enroladinhos outra vez.
Bom depois desse corta, molha, enrola, aperta, corta, enrola, nos colocaram para descansar. Foi tanta porrada que depois de quatro horas fui inchando, inchando.
Aí pensei, graças a Deus acabou. Hã!????
Aí eu vi o que é o inferno. Fui pra um lugar quente da porra, mas era quente pra caralho mesmo. Não tô inventando. Tá certo que vez ou outra soprava um vaporzinho torturante, mas...
Cara fiquei moreninho, minha pele ficou que chegava a estalar.
Imagina o senhor que depois de tudo isso, teve um filho da puta que não satisfeito, resolveu me cortar no meio, me encheu de uma pasta melosa que o povo chama de margarina e me mordeu todinho.

Ah! Acabou a seção? Tudo bem, semana que vem eu volto pra contar quando meu primo virou bolo de fubá.